Série Educação e tecnologias de informação e comunicação

A série "Educação e tecnologias de informação e comunicação" foi realizada pelo programa Salto para o Futuro. Eu recomendo muito a todas as pessoas que trabalham com educação:
- Para os que ainda não entendem ou aceitam a entrada de tecnologias de informação e comunicação (TIC) nas escolas, poderá ter uma noção da importância e possibilidades das TIC's para a educação.
- Para os que já aderiram ao uso de TIC's, há uma conversa bem interessante sobre suas possibilidades, dificuldades, usos e abusos. 

    Enfim, são textos e vídeos esclarecedores. Acesse os textos abaixo:
    Educação e tecnologias de informação e comunicação

    Assista também os vídeos dos programas:
    Programa 1: O que você pode, professor







    Análise do programa:
    Programa 1: O que você pode, professor

    Nesse programa é apresentada a experiência de uma professora envolvendo TIC’s: áudio, vídeo, computador, etc.
    A conversa com as professoras vem a confirmar algo que eu já tinha visualizado nas aulas que envolvem tecnologias: é um espaço privilegiado para o aluno desenvolver autonomia (autoria) e colaboratividade. Quando o aluno sai da sala de aula padrão e vai para a sala de informática ou sai com uma máquina fotográfica, com uma câmera de vídeo, ou mesmo com um gravador de áudio, ele torna-se autor, pois está construindo seu conhecimento de forma ativa. Pessoas aprendem melhor sendo ativas do que passivas. Quando propomos um trabalho onde o aluno tem espaço para ser criativo, ele aprende, ele busca, pois o desafio estimula. A passividade de uma aula expositiva pode ser desestimulantes: ouvir, copiar, ler, decorar, responder... ufa! É cansativo e maçante.
    Buscar e produzir informação em colaboração com seus pares, compartilhar o conhecimento construído com a turma: ah, isso é gostoso, é desafiante, é interativo!

    Rigor: Achei interessante a fala de uma das entrevistadas sobre o rigor a pesquisa:

    “Pesquisa não é só ir lá e saquear as informações”

    Pesquisar envolve muitas habilidades:
    - saber propor e seguir um objetivo;
    - saber selecionar conteúdos relevantes e reconhecer fontes seguras de informação;
    - ser capaz de ler, ouvir, assistir e entender as informações a fim de construir o conhecimento;
    - ser capaz de produzir o seu próprio conteúdo de qualidade e compartilhá-lo com outros, ou seja, ser capaz de comunicar;

    “Internet não é mais um local onde se encontra informação... não é mais o lugar de buscar, mas o lugar de fazer.”
    “A internet tem interfaces que não separam autoria de publicação”

    Nas frases acima encontra-se o rumo e a importância do uso da internet e outras TIC’s na educação. O aluno não simplesmente coleta informação (de fontes pré-estabelecidas pelo professor) e escreve um texto para o professor corrigir, como durante muito tempo ocorreu com o uso de enciclopédias e com pesquisa na internet. Ele seleciona informação, se apropria dela elaborando seu conhecimento, então produz seu material que já pode ficar disponível para outros. O aluno é autor e responsável pelo que produz, pois essa produção será compartilhada com outros. Isso é tão necessário na aprendizagem que blogs, espaços de arquivamento, etc, fazem o maior sucesso na internet, pois as pessoas querem compartilhar conhecimento.

    “Descobrir como o aluno aprende nesse novo ambiente de aprendizagem”

    Esse é o esforço que o professor tem que fazer, o que é muito mais do que aprender a “mexer” no computador. É muito mais trabalhoso e só acontece quando o professor se apropria dessa nova forma de aprendizagem, como as entrevistadas colocam: antes de trabalhar com blog em sala de aula, o professor deve tornar-se um blogueiro. Antes de desenvolver a autoria e construção colaborativa do conhecimento o professor deve tornar-se autor. Se não fizer isso, pode acontecer como no vídeo abaixo:


    “Ninguém educa ninguém, ninguém é educado por ninguém, as pessoas se educam umas as outras em comunhão.” (citando Paulo Freire)

    O uso das TIC’s na educação ajuda a estabelecer esta comunhão, dispersando a autoridade arcaica do professor que conhece e ensino o aluno que é uma tabula rasa e dando espaço para a colaboração e autoria.

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